sexta-feira, 13 de abril de 2012

Liturgia das Horas (1)
“A tradição monástica sabe do tempo certo, o tempo da misericórdia, o tempo agradável e tão desejado, em que Deus produz em nós o seu trabalho. Deste modo, os monges interrompem sempre o seu trabalho diário à hora das orações, a que chamam Horas. As Horas remetem para a hora em que Deus glorificou o seu Filho e em que também permite que o seu esplendor brilhe para os monges. A liturgia é o lugar em que o céu e a terra se tocam, em que o céu resplandece sobre os que rezam. […] as Horas são «anjos que encontramos em determinados momentos, no decurso do dia». Os anjos, […], são mensageiros de Deus, que vêm de uma outra dimensão e nos recordam que cada hora tem a sua própria qualidade, o seu próprio mistério. Tal como devemos escutar os anjos, o que eles têm para nos dizer, na qualidade de mensageiros de Deus, também devemos atentar nas Horas. […] O tempo de oração recorda-nos que cada «hora» é uma «hora-amada», um tempo amado, um tempo em que devemos receber o amor de Deus nas suas diferentes formas.”
Anselm Grun,
"Ao ritmo do tempo dos monges - sobre a relação com um bem valioso",
Paulinas Editora, Prior Velho, 2006,
pgs 23 e 24.

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